quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz ano velho

Costuma-se considerar o ano novo uma época de renovação, de novidades e experiências inéditas. Costuma-se achar que tudo pode mudar com uma data, champanhe e fogos. Só não costuma-se saber que toda a festa, os abraços e a idéia de querer fazer tudo direito não mudarão o rumo da vida de ninguém. 
 Após comer-se as uvas, pular-se as ondas, usar-se branco ou qualquer outra cor relacionada com intenções para a “nova temporada”, logo no dia seguinte, o que parece é que tudo não passou de um sonho louco, presente apenas no imaginário. A esperança de deixar o passado no passado e viver o presente, construindo com ele um futuro perfeito, torna-se uma boa d’uma ressaca cheia de más lembranças. E então, feliz ano velho.
 Todas as mudanças esperadas ficarão pra trás caso uma coisa não mude: a atitude. Esperar que um vestido amarelo te deixe rica sem ter passado nem duas horas do ano que acabara de acabar estudando, não funcionará. Usar uma cueca vermelha com a intenção de conseguir um amor verdadeiro pra agora não adiantará de nada caso você já comece o ano pagando mico, depois de beber várias, pela praia. Quem confia dinheiro a um desinteressado, ou o coração a um irresponsável? Você confiaria? Pois bem. Muitos anos seriam realmente novos caso os esperançosos, além de escolherem entre branco ou verde, também escolhessem entre os caminhos da vida. E escolhessem certo: o da renovação de atitudes.

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